Um acervo que supera 240 espécies de plantas organizadas em mais de seis mil vasos, com o diferencial de uma coleção de cactos que ultrapassa a marca de 140 espécies originárias de diversas partes do mundo, desde regiões do Brasil até do México e de países da Ásia. Além da quantidade e da variedade, a raridade de alguns exemplares também impressiona: os mais singulares são aqueles de mutação natural, chamados de cristatas, e os clones mexicanos.

Esses são os elementos que compõem a chácara de João Luiz de Oliveira, no Vale do Igapó, em Bauru, espaço no qual se encontra desde 1982 e que, para ele, é uma terapia espiritual e emocional. “Eu gosto de tudo, mas os cactos ocupam um pedaço maior no meu coração! Os meus preferidos são os que tem mais de 50 anos, os mais velhos”, declara.

João conta que leva muitos anos para adquirir essas espécies raras e, para cultivá-las, construiu estufas com ambientes diferentes, desde aquelas com clima tropical ou subtropical até desértico.

Carreira, santuário e relação com as plantas

A paixão pelas plantas veio cedo, desde os sete anos de idade, e guiou sua vida profissional. João é técnico em bonsai, orquidófilo e paisagista formado pelo curso do famoso Roberto Burle Marx, considerado o inventor do paisagismo moderno, autor de mais de três mil jardins pelo mundo – entre eles os do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, do Parque da Pampulha, em Belo Horizonte, do Palácio da Alvorada, em Brasília, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) – e do paisagismo de diversos espaços no território nacional, como do Aterro do Flamengo, também no Rio, e das praças de Casa Forte e da República, no Recife.

Nascido na capital paulista, o profissional conta que se mudou para a Cidade Sem Limites quando tinha apenas dois meses de vida, por isso se considera bauruense. Assim, João destaca que, em sua carreira, já teve até loja de aquário e desenvolveu diversos projetos de paisagismo no município e em toda a região.

Mas foi na chácara que está em sua trajetória há quatro décadas que encontrou um refúgio e construiu uma coleção que, segundo ele, não se encontra em todo o interior do estado.

O lugar está aberto para visitas agendadas e também é voltado à venda de diversas espécies, inclusive de cactos, com valores a partir de cinco reais. “Vendo o excedente para manter e aumentar minha coleção. E o diferencial daqui é que eu não compro para revender: eu mesmo faço a reprodução”, afirma o paisagista, que também ressalta que todos que comparecem ao local são atendidos de maneira personalizada e recebem informações, dicas e instruções sobre o cultivo das plantas.

O especialista explica que, hoje em dia, o cacto é uma das plantas mais vendidas do mundo. “Isso pelo momento que vivemos, em que as pessoas não têm muito tempo para cuidar. O cacto se adapta bem em qualquer lugar e em diversas condições. Molhar uma vez por semana ou a cada 15 dias é o suficiente dependendo da espécie”, pontua.

De acordo com João Vale do Igapó, ter plantas em casa é uma espécie de terapia: “mexe com o espiritual e o emocional, trazendo como consequência muita paz e saúde”.

Chácara em Bauru reúne mais de 240 espécies de plantas e exemplares raros de cactos com mais de 50 anos
Foto: Natália Nomura
Foto: Natália Nomura

A chácara

A chácara de João fica no Vale do Igapó. Para chegar lá, basta seguir até o poste 33 e virar a direita até o poste 14.

O telefone para contato e agendamento de visitas é: (14) 99822-9089

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