Embora a emancipação bauruense seja celebrada a partir do ano de 1896, a história do nosso território é anterior aos acontecimentos envolvendo as ferrovias e o cultivo do café. E, neste Dia Internacional dos Povos Indígenas, vamos resgatar as heranças indígenas presentes até hoje na nossa cidade, além de lembrar das origens de Bauru.

Povos

Antes da chegada de nomes como o de Felicíssimo Antônio Pereira, que constam na “história oficial” do município, a região era ocupada por indígenas Guaranis, Kaingangs e Xavantes. E os registros apontam que esses povos habitavam Bauru desde o século 15. Os não indígenas só conseguiram se estabelecer nesta área em meados do século 19, o que significa que foram cerca de quatrocentos anos de história indígena no território.

Heranças indígenas

  • Cesta de frutas

O primeiro indício do legado dos povos indígenas é o próprio nome da nossa cidade, isso porque Bauru vem de “ybá-uru” o que, na língua tupi, significa “cesta de frutas”. De acordo com os registros da iniciativa “Vivendo Bauru”, o engenheiro Ismael Marinho Falcão conviveu com os índios Kaingangs e apontou para a relação do nome com uma planta herbácea chamada “ubá”, utilizada para fazer cestos e balaios, e uma ave chamada “uru”.

Quem cresceu em Bauru provavelmente tem lembranças relacionadas ao período escolar, no qual é ensinado o significado no nome da Cidade Sem Limites. Dessa forma, para as crianças, colorir cestas de frutas é uma atividade tradicional.

  • R caipira

Além disso, outra questão muito presente no nosso dia a dia é o “sotaque”, a nossa forma de pronunciar a letra “r” com ênfase ou o famoso “r” caipira. Essa é uma das heranças indígenas na nossa região (e de muitas outras pelo Brasil).

Formalmente, os linguistas explicam que se trata do “r” retroflexo, e sua origem está ligada aos índios. Esse som não existe em Portugal, e quando os colonizadores chegaram aqui, havia mais de 1200 idiomas indígenas. Nesse sentido, os índios que habitavam nosso território tinham dificuldade de falar da mesma forma que os europeus que trouxeram a Língua Portuguesa para cá. Logo, o “r” retroflexo nasceu como uma pronúncia única dos falantes do português brasileiro.

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