É bem provável que você já tenha ouvido, durante as reuniões de família, a famosa pergunta: “e os namoradinhos?”. Bom, pelo menos a estagiária de Jornalismo Carolina Marques, de 21 anos, sim – e muito.

“Antes, quando ouvia essa frase, principalmente no Natal, eu ficava mal. Atualmente, estou bem. Isso não me afeta mais. Sei o que eu quero para essa parte da minha vida: encontrar uma pessoa legal, mas não agora. Namorar alguém, hoje em dia, só atrapalharia os meus planos. Eu quero crescer na vida, mas sem ninguém. Só comigo mesma. E isso já basta”, conta Carolina, que complementa: “não ter um homem não me faz menos mulher”.

A decisão de ficar solteira surgiu após duas decepções amorosas, que Carolina não considera como namoros. “Eu vi que não ia dar certo com o primeiro menino, apesar de ele ser maravilhoso, e decidi parar de falar com ele. Mas o segundo não era um cara muito legal. E aí eu falei para ele: ‘mereço mais do que isso. Tchau. Beijos’.”

Preço alto

Para aventurar-se nos relacionamentos, Carolina pagava um preço alto: abria mão do amor-próprio e sofria com a pressão para se encaixar no padrão de beleza. A jovem sentia preocupação em emagrecer e usar determinadas roupas porque acreditava que, assim, conseguiria atrair os olhares dos homens pelos quais se interessava.

Empoderamento e autodescobrimento

Após as experiências amorosas, a estudante passou por um processo de empoderamento e autodescobrimento. O período de reflexão não foi proposital. Aconteceu de forma espontânea e leve, segundo Carolina.

Durante essa fase, a jovem percebeu que estava bem, feliz e ocupada com as atividades do trabalho e a correria do último ano do curso de Jornalismo, que realiza no Centro Universitário Toledo (UniToledo), em Araçatuba. Por isso, decidiu afastar-se dos “contatinhos”.

“Antes, eu sentia uma necessidade de ficar com alguém, de conversar com outros meninos, que conhecia, principalmente, nas redes sociais. Sempre que surgia alguém, eu falava: ‘esse é o cara ideal. Vou casar com ele’. Em um certo dia, percebi que não tinha ninguém. E que estava tudo bem”, explica.

“Vou sozinha ao cinema”

Carolina sempre gostou da própria companhia. Mas o processo de reflexão foi essencial para a jovem voltar a valorizar os pequenos momentos consigo mesma. “As boas partes são: ir para onde eu quiser e não precisar dividir a comida.”

Ficar para titia

Por gostar de gêneros musicais não tradicionais entre os jovens, como bossa nova e MPB, e não ter um relacionamento, Carolina conta que costuma ouvir que poderá ficar para “titia”. Apesar de lidar bem com a solteirice, a dúvida gera preocupação na estudante.

“As pessoas acham que, por eu ser autossuficiente, eu não quero ter uma pessoa ao meu lado. Pelo contrário. Eu quero ter filhos e me casar, mas não agora. Talvez daqui a 10 anos”, esclarece Carolina.

Tempo como solteira: momento de ficar bem

Carolina acredita que pular de um relacionamento para o outro, sem tirar um tempo para si e refletir sobre a vida, pode ser prejudicial. “Você acaba carregando as inseguranças para o outro namoro. Assim, você pode chegar a se tornar uma pessoa tóxica, mesmo que essa não seja a sua intenção.”

Conselho de amiga

Às pessoas que estão tristes por estarem solteiras, Carolina aconselha entender o motivo de elas quererem uma pessoa ao lado. E se o sentimento for muito forte, para a estagiária, procurar ajuda psicológica é uma ótima ideia.

“Quando a pessoa tem essa obsessão e está muito triste, ela fica tentando se encontrar no outro. Mas não é assim. Relacionamentos desse tipo não funcionam e são tóxicos. Como você vai amar outra pessoa se você não ama a si mesma?”, questiona Carolina.


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