Sentir que tudo importa e que tudo vale a pena. São algumas das metas de quem faz trabalho voluntário em hospitais.
O UniRisos surgiu em 2013 com a ideia de criar laços de afeto entre os colaboradores da Unimed Araçatuba, pacientes e acompanhantes.
João Vitor Almeida, um dos idealizadores do projeto, conta que dar amor é mais importante que o riso, estar ali pelo paciente é muito primordial. No início tudo parece assustador mas um nariz vermelho melhora tudo.
Amor, sensibilidade e respeito são as palavras para este tipo de trabalho
Explica João
O irmão de João, o Gustavo (Dr. Bidu) é um dos voluntários externos e foi ele quem trouxe uma bagagem de como tornar-se palhaço de hospital. Já que Gustavo havia feito trabalho voluntário no “Doutores da Esperaça” no Paraná.
Através da técnica de Clown, os voluntários oferecem apoio e amor. As vezes eles vão prontos para tirar gargalhadas mas são surpreendidos com o silêncio. João explica que existe o jogo, eles jogam a bola e precisam respeitar se a bola não volta para eles.
O que é o Clown?
É um palhaço mais humano, que brinca e se coloca no ridículo, mas não ridiculariza o outro. Quando o Clown faz esse trabalho, de promover a risada, ele na verdade se ridiculariza para o outro ficar feliz
Esclarece João.
O tratamento do riso
O riso movimenta 40 músculos da cabeça e do pescoço, a circulação sanguínea e a respiração se aceleram, aumentando a oxigenação de todo o organismo e liberando descargas de adrenalina e endorfina, substância que proporciona um efeito analgésico e terapêutico e pode ser usada em casos de alergia, cefaléia e artrite.
Outro dos principais benefícios do riso é a sua capacidade de aumentar o poder do cérebro e manter a mente funcionando mais produtivamente. O humor ajuda a potencializar a concentração, aumenta a capacidade de percepção e estimula a criatividade.
A frase “rir é o melhor remédio” faz todo o sentido quando se trata do Unirisos: Terapeutas da Alegria.
Uma paciente do hospital estava acamada a meses e não tinha reações externas quando conversavam com ela. João conta que os palhaços animaram a acompanhante que estava no quarto e, ao fim da apresentação, pediram para a paciente, uma mulher já idosa, que piscasse se tinha gostado dos palhaços.
Ela piscou sem parar, emocionando as enfermeiras que acompanhavam a visita. Acontece que a família da paciente já havia desistido de sua melhora, mas a sua lucidez estava intacta e, sim, sua melhora é possível.
Estágios de quem faz parte
João conta que existem estágios quando se é um novo voluntário, começa com a paixão: quando tudo é lindo e o trabalho deslumbra os olhos. Mas logo a paixão acaba pois a responsabilidade e a importância de estar ali chega.
Tornar o paciente protagonista da própria história e estar atento para ouvi-lo são só algumas das responsabilidades na hora de vestir o jaleco e o nariz vermelho.
Quem continua sendo Terapeuta da Alegria aprendeu a amar e respeitar os sentimentos de quem os acolhe.
João convida a todos que se interessem pelo projeto a marcar um dia para conhecê-lo, sem fazer compromissos apressados e entender a importância de ser um palhaço regular.
Atualmente são 14 voluntários e entre eles está o Dr. Marco, médico plantonista da UTI Neonatal que sempre que possível veste suas roupas de super herói, ele já foi o Batman, o Capitão América e até mesmo o Papai Noel.
O projeto UniRisos é exclusivo da Unimed Araçatuba, mas alguns voluntários realizam visitas em asilos e outros hospitais para espalharem o amor que aprenderam a ter.
Doação de sangue
Você pode entrar em contato através do Instagram @UniRisos e informar-se sobre quais os dias em que os Terapeutas da Alegria irão acompanhar os doadores de sangue no Banco de Sangue de Araçatuba, que fica em anexo a Unimed Araçatuba.
Confira essa e outras histórias da cidade no site da Solutudo Araçatuba!
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